quarta-feira, 7 de agosto de 2013

507

Olhos desatentos ao panorama,
focando no sol em despedida.
Olhos, já não me veem mais, nenhum...

Aquele monumento foi tão
pequeno, quanto grande.
Houve quem acreditou nele,
houve quem sonhou nele,
houve deslumbres.
E houveram passos,
despedidas...

Apenas até algum ponto
e parou,
não há desvanecer.
E foi sentido, cada metro quadrado.

Tudo desmoronou,
e assim era para ser,
restando...
o eu.

Elas e eles
já não estão mais ao lado.
Tudo é tão movimento e
maravilhoso.
Ainda, em cada um tem pensamentos,
aquilo não passou.

Não que tenha de ficar, passará,
mas é memória de alguém e foi vivido.
E se ocorreu momentos que se ofuscaram,
de qualquer maneira, outros foram brilhantes,
mesmo sendo difíceis de lembrar-se ou ressaltá-los...
houveram.

Mais uma passageira, mais um passageiro,
mais outra pessoa,
mais outro sentimento, mais outro passo,
mais outro concreto, mais outro imóvel...
mais um número.