segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Eis o bem-aventurado contemporâneo


Aquele que o domingo
satisfaz em uma tarde
sentado diante da televisão.

Aquele que sorri
diante da tragicomédia
em ver o patrão.

Aquele que a propaganda
lhe acomete,
e ofusca a visão.

Aquele que contenta-se de ócio,
falta de perspectiva
e submissão.

Aquele que já vislumbrado,
perdido, olha para o céu
e profere Deus apenas como mais um jargão.