É olhar longo,
continuo e fixo
diante de algo para nada.
O andar é zonzo,
lento, arrastado,
sem ponto de partida... sem chegada.
É paladar amargo,
docemente azedo,
liquido, sólido, sem distinção nenhuma.
O passo é curto,
dentro de um estreito.
O suspiro se confunde
e a respiração se ausenta.
O cheiro... tudo inodoro.
Ouço, mas
é silêncio, tudo quieto...
e mantém-se quieto.
Se perde ou se encontra,
não há busca, não há fim,
não há infinito,
sem tempo, nem momento.